Ö IHÖIBARÉ,
ABHU TsIMA 'WARA
aldeia wederã / T.I PIMENTEL BARBOSA
um pouco da história
proposta do projeto
Formação em agrofloresta regenerativa sintrópica, para membros da aldeia Wederã, e implantação participativa de quintais agroflorestais e parcela comunitária agroflorestal. Dias intensos de troca de saberes ancestrais e contemporâneos, onde cada participante pôde experimentar a alegria de compartilhar suas experiências e aprender coisas novas. Essas vivências não apenas enriquece vidas, mas também promovem interações harmoniosas com a natureza e métodos inovadores na produção de alimentos.
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Instalação do sistema de bombemanento de água do rio, por roda d’água, enquanto se aguarda a perfuração de um poço artesiano, já prometido pelo órgão competente. A longo prazo, trabalhamos pela maior vida útil da nascente. A água bombeada do rio sempre poderá apoiar a irrigação local.
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Construção de cacimbas, ou barraginhas, para infiltração das águas das chuvas, enquanto se aguarda o crescimento dos buritis e outras árvores no fortalecimento da reserva úmida da área de recarga da nascente.
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Plantio agroflorestal com produtos de roça e hortaliças, ou seja, alimento de ciclo curto, em paralelo ao crescimento das árvores produtivas, como Pequi, Baru, Jatobá, Abacate, Banana, Cítricos e outras.
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Terceiro módulo: 4 a 10 de janeiro 2024 Implantação de uma parcela agroflorestal coletiva na aldeia Wederã.
Sempre que facilitamos o acesso a alimento e água de melhor qualidade estamos atuando direta e positivamente no ritmo de vida das mulheres e crianças xavante.
Importante, para proteger da queima todas essas iniciativas foi construído um aceiro com mais de 7000m, que circunda a área de recarga das nascentes, as áreas de plantio, as casas e o entorno, provendo condições para que o fogo, que arde na queima do cerrado para caça xavante, não ingresse a área trabalhada.
Além disso, como apoio aos plantios regenerativos e também como possível geração de renda futura para a aldeia, construímos um viveiro e priorizamos a formação de mudas de buriti, palmeira essencial na cultura xavante – como alimento, uso nas cerimônias, fibra para artesanato e material de construção –, e também fundamental para a recuperação das áreas úmidas.
O projeto foi financiado pelo Programa REDD Early Movers Mato Grosso (REM MT) e contou com parcerias com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e com a Coordenação Regional Xavante da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI/CR Xavante).
1 a 8 dez, 2023
módulo 1
Além das árvores plantadas, do sistema agroflorestal próximo àSete dias de trabalho intensivo, na sede do Instituto Flor de Ibez, quando o grupo pôde conhecer e mergulhar nas técnicas da agricultura regenerativa. Nesse primeiro módulo, aprofundamos as bases da construção de solo fértil — terra preta –, a importância da vida do solo, da proteção do solo, o cultivo em consórcio de plantas, o manejo da bananeira. A teoria era vista na prática, no campo, e após praticar, sintetizávamos todo o aprendizado com desenhos livres de cada um. aldeia e da roça fortalecidos, da possibilidade da produção contínua de mudas no viveiro, da construção de cadeias produtivas que estarão disponíveis em poucos anos e além das áreas irrigadas, temos a conscientização da comunidade em relação à necessidade de cuidado com a água, com o solo e com o território. Esse talvez seja um dos resultados mais importantes do projeto.
Ao longo da semana formou-se um grupo belíssimo, que a cada etapa ia sintetizando o aprendizado, cheio de troca de experiências, pois os participantes são também plantadores na aldeia.
18 a 23 dez, 2023
módulo 2
O segundo módulo formativo aconteceu na aldeia Wederã, em uma oficina prático-téorica com 26 participantes da aldeia para implantação de oito quintais agroflorestais. Participam 14 mulheres e 12 homens, incluindo jovens.Foram distribuídas ferramentas, EPIs, mudas e sementes. Durante o período o grupo implantou um quintal agroflorestal completo, como modelo. Todos os outros sete quintais foram demarcados, manejados, preparados para plantio, e tiveram suas bananeiras e maracujás plantados. A equipe xavante local prosseguiria as implantações nos dias sucessivos.
4 a 10 jan, 2024
módulo 3
Implantação de uma parcela agroflorestal coletiva na aldeia Wederã, com prioridade em frutos do cerrado. Foram plantadas 160 mudas de árvores: araçá, baru, manga, jatobá, pequi, pinha, taturubá, abiú, xixá. Também sementes de mamão e hortaliças várias. Com o esforço unido do grupo conseguimos completar toda a implantação. Ao final, a aldeia comemorou o encerramento local do projeto com pintura corporal, canto e dança tradicional.
30 jan a 7 fev, 2024
módulo 4
O último módulo aconteceu na sede do Instituto Flor de Ibez, voltado para as mesmas pessoas do primeiro módulo e que apoiaram, como monitores, os módulos 2 e 3 na aldeia. Nesse encontro trabalhamos o cuidado com a área após sua implantação, especialmente a poda, para que na aldeia tenham certa autonomia no cuidado das áreas recém implantadas.